Conheça a história do Manuel (baseado em fatos reais).
Manuel é aposentado do setor bancário, sentindo que ainda pode ser muito útil a sociedade com a experiência que adquiriu no banco, resolveu empreender em estacionamentos.
Recentemente locou um imóvel no andar térreo de um grande prédio comercial, a área do estacionamento tem 5 metros de largura por 35 metros de profundidade. Quando assinou a locação, pensou inicialmente em fazer um estacionamento com vagas obliquas, o que demandaria da contratação de um manobrista com atenção redobrada para evitar colisões, já que o espaço para a manobra ficaria bem apertada. Mesmo assim, segundo sua projeção primária o negócio parecia rentável, já que existe uma grande demanda por vagas para estacionar na localidade.
Mas colocando o negócio em prática, Manuel viu que os custos fixos dos pagamentos de salários dos manobristas e atendentes (caixas), somados às demais despesas de luz, aluguel, impostos, etc. divididos pelo número de vagas dispostas no pátio (cerca de 12) e o número de horas em que o estacionamento trabalha, totalizavam em números difíceis de se competir com outros dois estacionamentos que estão na mesma quadra, ambos de médio porte, onde o próprio cliente estaciona (prática não recomendada mas ainda muito utilizada no nosso setor) e ainda mais... Que já estavam em uma “guerra de preços”.
Por sorte, Manuel estava lendo um excelente livro chamado “A Estratégia do Oceano Azul”, de W. Chan Kim. Embora o título se assemelhe a um livro de biologia marinha, ele é um conceito de negócios apresentado pelo seu autor, um reconhecido teólogo de gestão empresarial, que visa evitar a concorrência descobrindo mercados ainda não explorados. Diz ele:
Na metáfora marítima, o oceano azul é um local em que se pode nadar livremente enquanto os mercados já saturados são o “oceano vermelho” em decorrência do sangue derramado nas batalhas entre os concorrentes.
Refletindo sobre nessas lições, Manuel decidiu focar seus esforços para pensar uma solução para o seu estacionamento. Observou que com seu pouco espaço físico seria arriscado atender o mesmo perfil de cliente dos demais estacionamentos, também, que com o crescente aumento no valor dos combustíveis, muitas pessoas estavam optando por deixarem seus carros em casa e irem trabalhar de motocicleta. Manuel então decidiu focar-se totalmente neste setor, atendendo exclusivamente motociclistas e personalizando seu atendimento ao máximo para este nicho. No atendimento, fez um grande armário individualizado onde os clientes poderiam deixar objetos, como os capacetes e capa de chuva, fechados com chave. Mandou até confeccionar um novo logotipo para seu estacionamento, que agora se chamava “Moto Parking”, criou diferentes planos de mensalidade para atender cada perfil de cliente, fez convênios com empresas, etc.
Assim, Manuel agregou muito valor para um nicho de mercado que não tinha tanta atenção dos demais estacionamentos, pois os clientes não tinham onde deixar seus pertences, não eram atendidos com planos de mensalidade adequados às suas jornadas de trabalho, etc. Essas inovações tornaram o estacionamento muito mais lucrativo e organizado, deixando todos envolvidos mais felizes.
Sobre o Autor
Nataniel Kegles é estudante de Engenharia, Desenvolvedor de Software e Empresário há mais de 11 anos na empresa de PARKEER.
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